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sábado, 21 de maio de 2011

Morte no milharal

Em um sítio, no interior de Minas Gerais, mora uma família de origem bem simples. Essa família tem cinco pessoas: a vó (D. Lurdes); a mãe (Tereza); o pai (Roberto); o filho (Thiago); a filha (Cecília) e o vô (Antônio).
No dia 24 de dezembro de 1962 estavam ali reunidos comemorando a ceia de Natal quando o cachorro começa a latir sem parar. Então a Tereza decide sair para ver o que estava acontecendo, foi quando ela abriu a porta e deu de frente com um homem todo ensangüentado, sujo, com um odor extremamente insuportável, então ela pergunta:
- Meu filho, o que está acontecendo com você?
Ele responde:
-Eu não tenho casa, sou morador de rua há três anos.
- Porque você esta todo sujo de sangue?
-Eu estava dormindo em baixo de uma árvore, aparentemente um vândalo, me deu um tiro na perna.
-Mas essa molecada de hoje não tem respeito com os mais velhos mesmo hein. Vem meu filho, entra que eu vou separar uma roupa do meu marido para você tomar banho.
-Muito obrigado.
Então ele entra, toma banho e depois vai partilhar ceia de Natal da família. Ele começa a contar sua história de vida para todos.
A cerimônia acaba e todos vão dormir. Naquela noite o vô Antônio tinha perdido o sono e com sua muleta na mão sai na varanda de sua casa para apreciar o luar. Distraído, observando as estrelas, Antônio tem a impressão de ter ouvido alguns barulhos no meio da plantação de milho. Muito curioso decide ir até lá para ver o que estava acontecendo. Ao entrar no meio da plantação, Antônio avistou alguma coisa pontuda vindo na sua direção e naquela hora sua filha Tereza sai na varanda e dá um grito:
-Pai, cadê o senhor?
O senhor Antônio naquele momento responde:
-O que foi filha?
-Onde o senhor está ?
-Estou aqui no milharal parece que tem alguma coisa querendo estragar nossa plantação, não se preocupe, pois eu estou bem, vá dormir que eu já estou indo.
Tereza responde:
-Tudo bem, pai, mas não demora já passou da hora do senhor dormir.
Tereza entrou para dormir e o Sr. Antônio ficou lá no milharal para ver o que era que estava se movimentando por ali. Percebe que o que preocupa tinha desaparecido. Então, ao se virar para sair da plantação, sentiu alguma coisa pontuda atravessando sua barriga, naquele momento ele cai bem devagar entre os milhos e se depara com um facão amolado atravessado em sua barriga. Bem devagar ele começa a fechar os olhos. Naquela noite, sem que ninguém percebesse, o fim de Antônio havia chegado.
No dia seguinte de manhã a família ouve o grito de dona Lurdes vindo da plantação, todos assustados decidem ir ver o que havia acontecido. Ao chegar ao local se deparam com Dona Lurdes ali estendida no chão abraçada com o corpo do Sr.Antônio.
Reunidos percebem que o Jhonny, o homem que tinha chegado de surpresa na noite passada não estava entre eles.
Jhonny tinha sumido bem na noite do crime, e o facão que matou o Sr. Antônio tinha desaparecido do local.
Então todos começam a desconfiar de Jhonny.
Passaram aproximadamente trinta minutos, Jhonny chega na casa e percebe que ela está cheia de policiais, peritos. Os policiais decidem interrogar ele e perguntam:
-Onde você foi hoje de manhã?
-Eu fui comprar pão.
O detetive muito desconfiado pergunta:
-Você não viu o corpo do Sr. Antônio no milharal ao sair para comprar pão?  
- Não
O policial satisfeito com as respostas se retira.
Ao interrogar todos os integrantes da família, os policiais se retiraram do local.
Passou-se uma semana do crime e Tereza vai até o porão para pegar alguns documentos antigos. Ao abrir um certo armário ela se depara com um facão cheio de sangue. Ela, muito assustada, da um grito e chama sua mãe a Dona Lurdes, que aparece rapidamente no porão. Dona Lurdes pergunta o que havia acontecido com sua filha, Tereza mostra o facão para sua mãe e o semblante dela muda rapidamente, e fica muito desesperada.
Então Tereza decide ligar para um perito para examinar o facão. Dona Lurdes naquele momento tem um desmaio. Alguns segundos depois a perícia aparece para fazer a investigação. Depois de uma hora eles chegam a conclusão que as marcas digitais que haviam no facão eram de Dona Lurdes.
Lurdes, depois de ser descoberta pelo crime cometido, confessa toda a história e diz que matou o próprio marido porque ele mantinha um relacionamento com outra mulher e ao descobrir ficou revoltada.
Depois da confissão Dona Lurdes finge estar passando mal e pede para ir ao banheiro onde ela retira da sua bolsa uma Lock (pistola) nesse momento ela coloca a arma em sua boca, dá um tiro e suicida-se. Todos que estavam no local ouviram o barulho do tiro e foram ver o ocorrido.
Sua filha e seus netos ficaram aterrorizados com os acontecimentos, se retiraram da casa e a investigação foi encerrada.

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